dijous, 27 de març del 2008

L'autonomia que ens cal és la de Portugal


Admiro os portugueses. Admiro-os porque, perante a poderosa maquinaria do exército castelhano, tenhem sabido safar-se; porque soubérom ganhar a independência; porque encontrárom aliados eficazes e constantes. Mas também os admiro porque tenhem demonstrado que tenhem imaginaçom. Há pouco mais de umha década, diversos movimentos culturais soubérom convencer a classe política que a cultura é umha arma formidável de propaganda e que é necessária como embaixadora de um país. Entom, o governo português destinou umha boa quantia de dinheiro - e nom se trata de um país rico! - para promover a sua literatura. O resultado é que nós, vocês e eu, lemos autores portugueses que dantes desconhecíamos, e que ainda por cima tenhem um Nobel.

Agora, som uns quantos empresários, políticos, economistas e pessoas preocupadas polo devir português que estám a montar umha agrupaçom de cerca de 600 pessoas com o nome Compromisso Portugal para tirarem, dizem, Portugal da sua mediocridade. Entom a minha admiraçom torna-se inveja. Porque será que os catalans nom podem fazer qualquer cousa do género? Como conseguem entom os portugueses, sem a tutela de nenhum partido político? O motivo é apenas Portugal. E ninguém os acusará nunca de fechados nem de pouco cosmopolitas porque, como tenhem Estado, é-lhes permitido serem patriotas.

Nom consigo imaginar isto nos Países Cataláns, apesar dos esforços neste sentido de Eliseu Climent e de outros beneméritos patriotas. A mania do espanholismo do ‘conmigo o contra mí’ penetrou em nós demasiado fundo. Ora bem: toda a gente tem sempre Catalunha na boca. Mas ninguém vai nunca mais longe. Nem que fossem uns metros. Ai!

Isabel Clara-Simó

1 comentari:

Anònim ha dit...

Que fa l'Isabel? Que diu?